Eu tenho quinze anos
E sou morena e linda!
Mas amo e não me amam
E tenho amor ainda.
E por tão triste amar,
Aqui venho chorar.
...
O riso de meus lábios
Há muito que murchou;
Aquele que eu adoro
Ah! Foi quem matou;
Ao riso, que morreu,
O pranto sucedeu.
...
O fogo de meus olhos
De todo se acabou,
Aquele que eu adoro
Foi quem o apagou:
Onde houve fogo tanto
Agora corre o pranto.
...
O coração tão puro
Já sabe o que é amor,
Aquele que eu adoro
Ah! Só me dá rigor:
O coração no entanto
Desfaz o amor em pranto.
...
Lá vem sua piroga
Cortando leve os mares,
Lá vem uma esperança
Que sempre dá pesares:
Lá vem o meu encanto,
Que sempre causa pranto.
...
Lá vem do feliz bosque
Cansado de caçar,
Qual beija-flor que cansa
De mil flores a beijar:
Quando há de ele, cansado,
Descansar a meu lado?
...
Oh bárbaro! Tu partes
E nem sequer me olhaste?
Amor tão delicado
Em outra já achaste?
Oh bárbaro! responde,
Amor como este, aonde?
...
Não sabes que me chamam
A bela do deserto?...
Empurras para longe
O bem que te está perto?...
Só pagas com rigor
As lágrimas de amor?...
A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo (RJ 1820-1882)
Romantismo - Prosa
Essa obra faz referencia á uma lenda da índia Ahy e o índio Aoitin
![](http://www.jota7.com/img/noticias/quadro_artista_rr.jpg)
Ahy morava numa rústica gruta em uma bela ilha.
Um dia ela apaixona-se por Aoitin. Porém, ele nunca se apercebe de tal amor.
Então, já desalentada Ahy sobe ao topo da gruta e lá chora e canta seu amor.
Suas lágrimas ultrapassam a rocha e cai sobre Aoitin que adormecera na gruta.
Quando ele acorda, descobre-se apaixonado por Ahy e ambos vivem felizes para sempre
rsrsrs
É romance, gente!
Bonitinho, né?
E sou morena e linda!
Mas amo e não me amam
E tenho amor ainda.
E por tão triste amar,
Aqui venho chorar.
...
O riso de meus lábios
Há muito que murchou;
Aquele que eu adoro
Ah! Foi quem matou;
Ao riso, que morreu,
O pranto sucedeu.
...
O fogo de meus olhos
De todo se acabou,
Aquele que eu adoro
Foi quem o apagou:
Onde houve fogo tanto
Agora corre o pranto.
...
O coração tão puro
Já sabe o que é amor,
Aquele que eu adoro
Ah! Só me dá rigor:
O coração no entanto
Desfaz o amor em pranto.
...
Lá vem sua piroga
Cortando leve os mares,
Lá vem uma esperança
Que sempre dá pesares:
Lá vem o meu encanto,
Que sempre causa pranto.
...
Lá vem do feliz bosque
Cansado de caçar,
Qual beija-flor que cansa
De mil flores a beijar:
Quando há de ele, cansado,
Descansar a meu lado?
...
Oh bárbaro! Tu partes
E nem sequer me olhaste?
Amor tão delicado
Em outra já achaste?
Oh bárbaro! responde,
Amor como este, aonde?
...
Não sabes que me chamam
A bela do deserto?...
Empurras para longe
O bem que te está perto?...
Só pagas com rigor
As lágrimas de amor?...
A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo (RJ 1820-1882)
Romantismo - Prosa
Essa obra faz referencia á uma lenda da índia Ahy e o índio Aoitin
![](http://www.jota7.com/img/noticias/quadro_artista_rr.jpg)
Ahy morava numa rústica gruta em uma bela ilha.
Um dia ela apaixona-se por Aoitin. Porém, ele nunca se apercebe de tal amor.
Então, já desalentada Ahy sobe ao topo da gruta e lá chora e canta seu amor.
Suas lágrimas ultrapassam a rocha e cai sobre Aoitin que adormecera na gruta.
Quando ele acorda, descobre-se apaixonado por Ahy e ambos vivem felizes para sempre
rsrsrs
É romance, gente!
Bonitinho, né?
O quadro é da pintora Ana Lúcia Mendina
Chama-se: "Caju, Mangas e Caboclas"
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