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Sem mais,
Julia Campanucci

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Como no 1º dia




E o ano se inicia e com ele uma nova turma, novos alunos, uma nova perspectiva.
Com o ano novo, um novo desejo, uma louca vontade, uma alegria sem fim e um medo tão grande em mim... É sempre assim!

Medo? _Talvez você me pergunte: _ Medo?
Medo! Pois é, medo... Mas é um medo bom. O medo que a bailarina sente antes de bailar no palco, o medo que sente o trapezista antes de subir na corda, um medo de professora que aguarda o aluno a bater na porta... É esse medo que toma conta de mim, um misto de medo, de ansiedade, de louca vontade... Um frio na barriga, como no primeiro dia.

Acordo cedo, antes do despertar do relógio. Penso no que vou vestir. Busco e procuro algo que descreva o que há de melhor em mim. 

É hora de ir pro trabalho. 

Coração batendo forte, e eu já sei o que me espera!

Na escola, uma equipe maravilhosa, mas todos em polvorosa situação.

Os pais têm em suas mãos o seu maior de todos os tesouros. Querem me entregar, mas as mãos parecem não alcançar, não querem... Não querem dos seus filhos, a sua mão soltar.

É difícil, é indescritível! É uma lágrima contida, presa, é um nó no peito, é uma luta, é um feito... Não tem jeito!

Tem criança que chora, tem criança que fica e logo quer ir embora, tem criança que briga, que grita, que bate e xinga, tem aquelas que grudam, agarram, e que não vão te perder (de vista)

E não é um, nem dois. São vinte e dois! 

E a professora, em meio à enorme loucura, só tem esse, esse exato momento de mostrar pra turma quem é, o que é e o que faz ali...

É ganhar ou perder, sem engano. Exatamente ali, naquele momento de loucura, de tensão, de emoção. O aluno te examina, te observa, nota e anota a sua reação.

E como a bailarina em sua sapatilha. O professor apresenta ali sem cortina, a sua peça teatral... Todos passos bem marcados, com olhares entrelaçados, compreende a dor desse momento tão dilacerado, mas com a firmeza que encanta, leva a dança e encerra a valsa com a certeza do aplauso. Que não vem de cima, nem debaixo _ vem do palco! 

E é assim. O primeiro dia é assim
com essa angustia sobre mim
Mas eu já sei que já passa já.

E eu amo tudo isso em mim e amo meu trabalho e tudo o que eu faço!

 Julia Campanucci

Um comentário:

Anônimo disse...

É... Tenho visto muita professora mais bela, algumas mais adoráveis, nenhuma tão fascinante.