Lembrando que...

No meu blog há inúmeras imagens, artigos e materiais encontrados na internet.
Caso vc seja o autor de quaisquer materiais, deixe seu recadinho, que lhe darei os devidos créditos.
Sem mais,
Julia Campanucci

sábado, 31 de agosto de 2013

Ahh, me poupe!




Mulher tem faro, não se contenta com a embalagem. 



É bem mais comum ver uma mulher linda acompanhada



 
de um homem aparentemente sem graça do que o contrário.




Não é só porque a concorrência é implacável e nos 




contentamos com o que sobra. É porque mulher 




tem raio-x: consegue olhar o que se esconde lá dentro.




Se além de um belo coração e um cérebro em atividade 




ele ainda for apetecível, é lucro. Pena que a 




recíproca raramente seja verdadeira. Economizaríamos 




fortunas em cabeleireiros e academias se os homens 




fossem direto ao que interessa, na alma e no espírito,



 
para os quais não adianta maquiagem!



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

É só um incentivo...



 Vamos dar uma volta na rua pra ver o que a vida oferece.
Tanta gente aí esperando ansiosamente para ver o que a vida oferece, só que não sai de casa, e quando sai, não tem o olhar curioso nem o espírito aberto para receber o que ela traz.
Infelizmente, já não caminhamos pela rua, a não ser num ritmo acelerado, com trajeto definido e com o intuito de queimar calorias. Marchamos rumo a um melhor condicionamento físico, o que é um belo hábito, mas flanar, não flanamos mais. Não passeamos. As ruas estão esburacadas, há muitas ladeiras, o trânsito é barulhento e selvagem, compreende-se. Mesmo assim, a despeito de todos os inconvenientes, é preciso dar uma chance à vida, colocando-nos à disposição para que ela nos surpreenda.
Ao sair sem pressa, paramos numa banca de revistas e descobrimos uma nova publicação. Dizemos bom dia para o jornaleiro e ele, gentil, nos troca uma nota de valor alto. Na calçada, encontramos um velho amigo. Ou um artista famoso. Ou alguém que sempre nos prejudicou e hoje está mais prejudicado do que nós, bem feito.
Na rua, pegamos sol. Paramos para tomar um suco de maracujá com maçã. Flertamos. Um novo amor pode surgir de uma caminhada tranquila numa rua qualquer. E uma nova proposta de trabalho pode surgir de um esbarrão num ex-colega: estava mesmo pensando em te procurar, cara! Se continuasse apenas pensando, nada aconteceria.
Na rua, o jeito de se vestir de uma moça inspira a gente a resgatar uma jaqueta que não usávamos mais. Bate de novo a vontade de ter um cachorro. Descobrimos que é hora de marcar um exame minucioso no joelho direito, por que ele incomoda tanto?
Encontramos umas amigas num bistrô e paramos um instantinho para conversar, e então ficamos sabendo de uma exposição que não se pode perder. Passamos por uma livraria e damos mais uma namoradinha num livro que nos seduz. Ajudamos uma senhora que está saindo com várias sacolas de um supermercado, não custa dar uma mão. Aceitamos o folheto entregue por um garoto na esquina, anunciando uma cartomante que promete trazer seu amor de volta em 3 dias.
Você joga o folheto no lixo, e não no meio-fio. Você compra flores para sua casa. Você observa a fachada antiga de um prédio e resolve voltar ali com uma máquina fotográfica. Você entra numa igreja, não fazia isso há anos.
Reencontra um ex-namorado que passa de carro e lhe oferece uma carona. Você nem tinha percebido como havia caminhado e como estava longe de casa. Aceita a carona. Um novo amor não surgiu, mas seu antigo amor foi resgatado em menos de 3 dias, nem precisou de cartomante.
Pode nada disso acontecer, óbvio. Mas sem dar uma chance à vida é que não acontece mesmo.

Martha Medeiros



terça-feira, 27 de agosto de 2013

A perder de vista



Não foi um encontro qualquer, numa mesa de bar esquecida no canto do salão de festas, depois de uma ou duas bebidas. Não foi também o lugar mais romântico ou a hora mais apropriada - não foi nem meia-noite, nem meio-dia. Não foi à meia-luz ou à luz de velas. Talvez, se não me falha a memória, não foi nem em um jantar especial, decididamente orquestrado para aquela ocasião.

Não foi exatamente como descrevem os livros de amor, em que tudo combina perfeitamente bem. Havia, sim, muito frio na barriga, uma respiração completamente descontrolada e o coração parecia que ia saltar pela boca a qualquer momento; pulsava como um tambor impetuoso de uma banda marcial. Impetuoso também era o desejo indescritível de estar ali e, ao mesmo tempo e de forma contraditória, de ver todo aquele clima se desfazer logo em um abraço mais próximo.

O clima também não era lá essas coisas. Se a minha memória não estiver falhando, estava quente e frio ao mesmo tempo, mas era algo perfeitamente habitável - porque a gente nunca sabe a que limitações o corpo pode chegar quando a gente quer que ele faça alguma coisa. O fato é que lembro bem dos pelinhos do braço ficarem arrepiados quando o primeiro olhar foi lançado. E depois os olhares furtivos arrancados ao longo de uma, duas ou três palavras... Frases, gestos, sorrisos.

E aquele clima se repetindo, indo e vindo naquela vontade sem medida de tocar, conhecer melhor e entregar-se num desbravador beijo, dominante e dominado ao mesmo tempo; tão bem ensaiado, mas cheio daquelas falhas que a gente sabe: só servem para deixar aquilo tudo muito mais emocionante.

Então foram-se as mãos unindo-se, fechando-se como em um casulo seguro e quentinho; e porque não dizer, suado também?

Foram-se os dedos se encontrando no momento ideal.
Foram dois mundos colidindo numa canção que só nós poderíamos ouvir, e que todos os outros universos particulares pararam para assistir...

O momento em que o tempo parou e pediu para ser plateia em vez de protagonista.

Não, ainda não foi daquela vez. E se não me falha a memória, não foi só aquela vez. São todas as vezes quando vejo meu amor renascer; são todas as vezes que reencontro exatamente aquele primeiro olhar quando deito em minha cama; aquela pessoa está lá ao meu lado porque não foi simplesmente "amor à primeira vista..."

Foi um amor para a vida toda, a perder de vista.


Desconheço o autor

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A pétala que não murcha




"As rosas que acompanhavam o texto

 secaram em uma semana,

o que ficou foi a letra dele.

 Pois o cartão sempre será a 

pétala que não murcha, 

mais importante do que o buquê

porque é a memória do buquê."

...