Se eu tivesse que me especializar em algo, me especializaria em relação social. A vida inteira a gente se depara com gente. Eu sou auto didata, digamos assim... sou expert em analisar, em observar, em detectar ação e reação. Melhor do que eu, só minha amiga Camilosa... temos a mesma prática, mas ela me define, melhor do que eu mesma... já eu, não posso fazer o mesmo à ela... ainda não atingi tamanho nível.
Mas gente é um negócio sério, é algo que dá trabalho... Eu estudo comportamentos, me assusto, me indigno, me alegro. Tenho medo, às vezes!
Lidar com gente é o mesmo que montar um quebra cabeça que falta peças, pode ser frustrante e fascinante... Acho que é desafiador!
Também tem um preço: você se mantem distante... por mais perto que esteja, ainda estará longe, é como se ficasse na defensiva, é como estar à um passo do precipício... você fica alerta, sempre!
Em meio a tanta gente, tem gente que me cansa, tem gente que eu evito, tem gente que nem a gente, tem gente que nem parece que é gente e tem gente que me encanta, me emana.
Tem gente que reclama e outras que aclama... tem gente pra cada tipo de gente... mas as vezes sou eu que sinto a falta de gente.E pior, que não é de qualquer gente 'é de gente', gente mesmo, sabe?
Aquela gente bacana, divertida, engraçada. Gente cabeça boa, a toa, marota, gente tal qual a gente que se importa e pouco importa, gente torta, mosca morta, gente besta que faz festa, gente que sente e ressente, gente que magoa e se arrepende, gente que ri e chora junto, gente que xinga e pede pinga...
Gente normal, que faz tudo sempre igual.
Que não espera e nem supera
que não dá erro e nem acerto...
Aquela gente que eu amo
não importa, se longe ou perto!
Julia Campanucci
Nenhum comentário:
Postar um comentário