Eu sou um poço de definição e por tantas haverem sou praticamente a própria indefinição. Gosto assim. Embora, quem seja meu amigo saiba e canta aos quatro ventos que eu sou totalmente previsível e que basta um olhar ao meu olhar e zump, zap, zum toda Julia se apresenta em suma e nua descrição.
Mas dentre todos os meus mistérios o maior deles é reconhecer a dimensão do meu ato de pensar, que tantas vezes se extravasam e saem a solta por aí em meios as ações tão desatinadas e olhares tão mortíferos e incansáveis de amar.
Se eu perder o paraíso, já sei! a culpa é dele, toda dele e dessa mente insana e que se apressa a pensar... Involuntários, Otários e Prioritários pensamentos... Ágeis, arrancam de mim qualquer possibilidade de evitá-los... Minto, as vezes. Faço de conta que não estão lá, mas basta uma percepção clinica ou aguçada para detectá-los.
Me mantém viva, faz de mim tudo aquilo que sou. "Se penso, logo existo", de fato, só existo porque penso, e penso o tempo todo, todo o tempo, o tempo todo!
Faz de mim fria, frívola, fictícia, fatídica, federal e quem sabe até, fatal.
Poderia me desculpar por inúmeras coisas, mas jamais me desculparia pelo meu ato de pensar, porque meus pensamentos não tem desculpas, não tem perdão, não tem razão...
Cuidado! Eu posso estar pensando em você...