Lembrando que...

No meu blog há inúmeras imagens, artigos e materiais encontrados na internet.
Caso vc seja o autor de quaisquer materiais, deixe seu recadinho, que lhe darei os devidos créditos.
Sem mais,
Julia Campanucci

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

E não havia Bullying

Pra lembrar do tempo em que não havia bullying vou contar fatos comédias do meu tempo de estudante

Me acabo na gargalhada quando relembro algumas cenas no colégio, minha memória me remete ao cheiro da sala, ao clima da turma, a atmosfera surpresa que era estar com eles a cada dia e todo dia

Uma vez tivemos problemas com as aulas de física. Tínhamos uma professora que se desdobrava fazendo todos aqueles cálculos debaixo de inúmeras fórmulas e a gente simplesmente não entendia como tantos números e letras apareciam e se relacionavam e chegavam a um resultado... era como se fossem cálculos misteriosos, um passe de mágica e ela (a professora) encontrava o total e a gente ainda que olhando fixamente para o quadro negro pouco ou nada entendia... Então um dos colegas se revoltou e em alto e bom som cantou o sucesso da banda Raimundos, da seguinte forma:

Ow Professora,
Ao menos uma vez, melhor se fossem três
Me explica isso daí 

Se não explicar eu quebro o seu nariz

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Gente, foi uma risada generalizada. A professora expulsou o aluno. A turma comprou a briga. A professora se retirou da sala. Enfim, uma piada única que não traz resultado nenhum, tanto é que não me lembro dos exercícios de Física mas não me esqueço da paródia do colega, kkkkkkkk

......................

Uma vez, na aula de Geografia, um dos colegas resolveu contar um caso pra turma, sobre um homem que trabalhava com aquelas prensadoras gigantes e que por descuido ou não se sabe o que, ele acabou sendo prensado na máquina.
Todos olhando pro colega com aquela cara de "Puxa, que tragédia" quando de repente o professor pergunta:
- E o homem? Morreu?
Ao que o aluno responde:
- Não, saiu andando quadradinho igual ao Frajola do desenho animado

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Sabe aquela chatice de falar com operadoras de celular... principalmente quando vc precisa reclamar ou cancelar um serviço e aquela famosa maquininha  te enche de musiquinha e quando há um atendente ele sempre diz "só um minuto, por favor"
Então, estávamos no meio de uma aula quando tocou o celular do colega, ele atendeu e era a operadora do celular lhe oferecendo uma promoção, um serviço novo, etc...
Ele fez com a moça do call center, exatamente tudo o que ela faria com ele

kkkk

Ele pedia pra ela aguardar um minutinho, aí com o celular de um outro colega da classe ele colocava musiquinha pra moça ouvir, aí ele voltava a ouvir, dizia pois não, pode falar... Quando ela começava a falar ele interrompia e colocava a musiquinha, kkkk deixava um tempão, depois dizia Opa, desculpa... mas pode falar, fique a vontade, qual é mesmo a promoção?

kkkk

Sem brincadeira, acho q ele segurou a linha uns 30 minutos.

.................

Uma vez, a rádio Jovem Pan lançou uma promoção onde as pessoas deveriam enviar fotos fazendo chifrinho nas celebridades e aí fariam um sorteio ou uma votação, não me lembro bem e o contemplado ganharia um bom prêmio.

Tudo tranquilo, até que anunciam a inauguração oficial do colégio técnico e já confirmada a presença do governador entre outros
Um dos colegas da turma, arma um plano de subir no palco e sair na foto fazendo o tal chifrinho pra poder mandar na Jovem Pan

kkkkkkkkkkkk

preciso escrever que deu caca?

Nem precisava, né?

Mas deu! Que caca!!!! kkkkkkkkk Eu não estive presente na ocasião, mas tudo o que se relatou foi que ...

o plano estava perfeito, ele era bem influente lá no colégio e em determinado momento da inauguração convidaram algum aluno pra subir e dizer o que achava da instalação do colégio na cidade, etc... Ele não perdeu a oportunidade e pumba pra cima do palco, kkkkkkk ele fez o depoimento e na hora da foto lá estava ele posicionando o chifrinho, kkkkkkkk

Depois disso, foi só pancadaria. Os seguranças detonaram a máquina e se certificaram de que não havia ninguém mais com fotos do governador de chifrinho, kkkk.

Contam que o colega até levou uns pé do ouvido dos seguranças

e no fim, apelidamos o colega de Chifrinho

e ficou...

até hj a turma lembra do caso e do Chifrinho

êêê saudade!!!

kkkk

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Quando cursei Edificação, estudávamos das 19 as 23hs. Muitos dos colegas saiam do trabalho e já se enfiavam no colégio, a grande parte dos alunos eram pedreiros, mestre de obras, pintores, etc... ou seja, já atuavam em algum ramo da construção civil. Em contra-partida havia alunos tipo Julia, que quando a aula era com slide e se apagavam todas as luzes e, não raro, essa galera que dava duro o dia inteiro pegava no sono pesado, saia de fininho, pé-por-pé  com um caderno capa dura em mãos e PLAAAAFT na carteira do dorminhoco, aí fazia aquele barulhão e eu saia correndo por toda a escola fugindo do cara que ficava louco da vida e xingava até a minha quinquagésima geração... kkkkkkkkkkkkk

Meu professor costumava me alertar: um dia, vc pega um cara desse de pá virada, com mau humor pq teve um dia daqueeeeeles no trabalho ... aí vc vai ver só...  tú vai apanhar no meio da sala e se for na minha aula eu vou deixar 

Mas que nada, isso acontecia toda semana e depois eu tinha  o apoio da turma que quando alguém dormia mandava um bilhetinho avisando:

- Ju, seu Zé dormiu!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Não dava outra, eu saia de fininho geralmente pelo fundo da sala sem q os professores percebessem e PLAAAAAAFT na carteira do soneca e dá-lhe corre, corre e gargalhada da turma inteira

A aula era interrompida, o prof corria pra acender a luz pra tentar entender melhor o que tava acontecendo

e eu em disparada, vazava pelos corredores buscando esconderijo

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

maior maldade, mas morro de rir lembrando a zueira

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Agora a melhor de todos os tempos sem dúvida foi a história da mulher barbada

Nesse mesmo colégio estudava um sr aposentado conosco e ele era tipo nerd, segundo ele ele reservava 3 hs por dia pra estudar e refazer os cálculos orçamentais, aqueles dificílimos de estrutura, enfim aluno super aplicado, mas ele caiu na minha graça e numa conversa informal na cantina ele me conta que foi boxeador quando mais jovem. Pronto! kkkkkkkkkkkkkkkk já cai na gargalhada pq automaticamente me veio na cabeça o Seu Madruga, mas beleza, ouvi com atenção as histórias de juventude dele, sempre na boa, com respeito e tal...

Agora, o que ninguém esperava é que, uma semana depois dele me contar essa história, me chega  na cidade,  um circo e como se não bastasse um carro com auto falante saia anunciando por toda a cidade que aqueles que desejassem desafiar a mulher barbada poderia fazer a inscrição pra lutar durante os espetáculos do circo, kkkkkkkkkkkkkkkkkk, por aí já da pra imaginar o tamanho da zueira

Eu combinei com um professor, que chega na sexta feira no colégio e diz pro seu Zé:
- Puxa, o senhor tá com  coragem, einhnnn!!! E já tá tudo certo, daqui a pouco o ônibus vem buscar a turma pra gente ir lá assistir o senhor

O seu Zé sem entender nada...

Um amigo meu, chega e diz:
- E o senhor treinou, né seu Zé? Não vai fazer feio lá, einhnn!!!

e o seu Zé:
- Treino? ônibus? lá? onde?

- Ué, no circo, seu Zé! É hoje a luta do senhor com a Mulher Barbada. Fala com a Julia, ela que avisou o diretor que conseguiu o ônibus pra gente ir lá...

- Tá brincando! Eu não vou nada!

- Óh lá Julia, seu Zé tá dizendo aq que não vai!

- Como assim, não vai? Tá louco seu Zé, vão pagar uma bolada pra quem vencer a Mulher Barbada lá no circo... O Churrasco do Mês depende do senhor, tá em suas mãos...

A turma toda em coro:

- Seu Zé! Seu Zé! Seu Zé!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


e o seu Zé:

- Para com isso, eu não vou nada, vcs tão loucos, que circo o que, eu não vou em lugar nenhum

- Ahhh seu Zé, vai afinar agora?

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Perturbamos a cabeça desse homem só 1 ano e 1/2

Quando ele falava alguma coisa lá na sala ou tirava 10 em alguma prova, logo já se ouvia uma voz:

- E lutar com a mulher barbada que é bom nada, né?

kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Choro de rir lembrando... e ele se tornou um amigão da turma toda. Inclusive, toda vez que a  gente se encontra é super legal, paramos pra conversar, trocar ideias, dar risada...

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Reunião em Bom Sucesso







terça-feira, 12 de novembro de 2013

Emprego e Desemprego

Hoje resolvi escrever um pouquinho sobre 1º emprego... Tenho amigos que se encontram exatamente nesta fase da vida, outros que foram bem sucedidos, outros que nem sequer pensam nisso e claro _ a minha história, kkkk

Acredito que quando a gente nasce pobre, a realidade de prestar algum serviço e ser pago por isso torna-se desde muito cedo um plano de vida... é a certeza do plano A sem a necessidade do plano B, consegue entender?!

Pois bem, nasci com o plano A cujo alvo é sobreviver, é como vender o almoço pra se ter o que comer na janta.

Ouvi meu pai dizer que trabalhou desde muito cedo ajudando meu avô que era jornaleiro. Minha avó, também trabalhou quando moça e na velhice fazia artesanatos para vender. Minha mãe conta que trabalhou desde cedo é só se deu ao luxo de parar de trabalhar quando decidiu ser mãe, mas quando achou que os filhos já estavam criados e capazes de se virarem, voltou ao mercado de trabalho, realizando cursos e concursos e trabalha até hoje e vez por outra ela ainda me diz q tem medo da aposentadoria – Vejo nela, uma guerreira!

Pois bem, nos anos 90 meus pais abriram um bazar, o bazar ViLu,  tipo mini Armarinhos Fernando, e eu dava uma mão na lojinha todos os dias, aprendi muita coisa vendo minha família trabalhar e cooperando em tudo que podia... Foi de fato, um grande aprendizado ter responsabilidades com horário, a ter trato com os clientes, cuidar da higiene da loja, fazer o controle do estoque, ir para a 25 de março fazer compras com o meu pai, cuidar do livro caixa e sobre tudo não assaltar o caixa pra gastar no concorrente, kkkk. Meus pais me pagavam uma mesada por auxiliá-los, algo suficiente para comprar o lanche no colégio.

Depois de um tempo, meu pai tornou-se sócio de uma loja de roupas no centro da cidade e eu fiquei responsável de me interar do que acontecia por lá. Nessa época eu cuidava de assuntos bancários pro meu pai, em outras palavras, eu era a Office Girl.

Na fase adolescente eu era apaixonada por cças, e me oferecia para dar uma mão para minhas amigas, marinheiras de primeira viagem... Aprendi e confesso: tive que me virar nos 30 muitas vezes, principalmente quando o assunto era alimentação. As crianças morreriam se comessem o que eu comia... Fui pro fogão sim, e não foram poucas vezes... prova disso é que as cças hoje vivem e são príncipes e princesas que já dirigem seus carrões por aí, pouts veieira! Kkkk

Mas enfim, o grande desafio acontece quando vc conclui o ensino básico escolar e é chegada a hora de pensar profissional, aquela pergunta feita tantas e tantas vezes, agora exige uma resposta: o que eu vou ser daqui pra frente?

Nessa hora o bicho pega! Você pode ter tido o melhor nível escolar, ter tirado as melhores notas e ter tido os melhores professores da cidade. Não tenha dúvida, você vai tremer na base e terá só uma única certeza: eu não sou nada e não sei fazer nada.

Uma dica?
- Não chore, não se descabele, não se desespere, não se menospreze _ falo isso, com conhecimento de causa, fiz tudo isso: chorei, desesperei, implorei, fui humilhada e continuava desempregada... o caminho não é por aí.

Logo que terminei o colégio fui convidada para trabalhar como voluntária na Secretaria de Saúde da minha cidade, eu digitava cartão SUS. Foi uma escola pra mim. Sou muito grata por ter tido tamanha experiência! Aprendi a me relacionar com vários tipos de pessoas e de diferentes cargos  num mesmo ambiente de trabalho, a ter metas, mexer com computador que na época era algo super novo para mim... A equipe se reunia no fim do mês e me dava uma ajuda de custo, como um prêmio incentivo. Foi bom! Passar por essa fase me deu confiança para encarar a próxima etapa.

Enviar currículos

Sai espalhando um monte deles por todos os estabelecimentos da cidade e depois ficava ansiosa esperando que alguém me ligasse marcando uma entrevista

Certa vez, fui convidada por uma amiga e terapeuta a fazer uma entrevista na clinica onde ela consultava... Ela me explicou com antecedência de que eu seria entrevistada por diversos médicos da equipe e que só depois é que eles chegariam a um acordo quanto a se me contratariam ou não

Foram vários dias de entrevistas e testes. Eu estava mega feliz por estar vivenciando tudo aquilo, e confiante também... eles me deram um prazo para a resposta e no dia pré estabelecido eu fiquei grudada no telefone aguardando o chamado e uma cartada certeira... Pouts, que decepção!!!!

Ouvi a seguinte frase logo de cara:
- Não podemos te contratar, seria um crime te prender aqui conosco quando vemos em você um enorme potencial para alçar vôo para mais longe. Você é fantástica, inteligente e merece algo muito melhor... Não temos tudo isso para te oferecer, não podemos pagar o quanto você vale. Desejamos o óbvio à você: Felicidades! Não temos dúvida de que você já é e será muito mais feliz! Obrigada e fique com Deus!!!

Se eu chorei?
- Só a semana inteira

Se eu tive raiva?
- Só de mais da metade do mundo

Se eu acreditei em alguma de todas essas palavras?
- Na época?! De jeito nenhum!

Se hj faz algum sentido?
- Faz! Faz sim... é claro que há inúmeros exageros no muito que ouvi naquele dia, mas é bem verdade que dia a dia me empenho em ser uma pessoa melhor, talvez não por desejar acertar sempre, mas por tentar errar menos, por procurar viver e conviver melhor com aqueles que me cercam. De fato, com o tempo obtive algo do meu jeitinho, com a minha cara, um lugar onde me sinto em casa, livre, espontânea, pronta! Seria mesmo impossível alcançar tudo isso engaiolada trabalhando 44 horas semanais dentro de um escritório presa entre 4 paredes ... Sem dúvida, me pouparam de ser muito, mas muuuuuito infeliz!
- Grata!!!

Enfim, trabalhei em um monte de lugares frustrantes depois desse episódio, lugares como: lojas, escritórios contábeis, seguradoras, etc... E recebi propostas indescentíssimas que mereciam um murro na cara de muita gente que achou que eu era uma merda nessa vida... 

Depois de muita cabeçada e murros em pontas de facas, resolvi dar um tempo e me assumir como tal: Desempregada!

Beleza! Como vive um desmepregado?

Me assumi, vivi exatamente como manda o figurino: sombra, água fresca e controle remoto esticada, estirada, estrupiada na frente da tv

Trabalhar pra quê?

Sabe, quando você se assume e faz cara de feliz, o infeliz chega pra te tirar do seu estado de graça.

O emprego bateu literalmente na porta da minha casa com uma proposta muito bacana. Aceitei de bate e pronto: fui trabalhar no PSF do meu bairro , há 5 min da minha casa com carteira assinada, conta salário, cartão, talão de cheque, pastelaria na esquina, 2 amigas malucas e muuuita, muuuita história pra contar...

Nessa época eu era top, né? Torrava meu salário comprando roupas que se combinavam entre si, sapatinhos de salto e bolsas de montão, gastava dinheiro com comilanças e gorduchices sem rastro de culpa...  o povo enfrentava greve e eu freqüentava praia nessa época da vida, kkkk Extremamente bronzeada e jovial!

Mas as circunstancias mudam, a vida muda e de repente a gente muda e eu achei que era hora de dar no pé e mudar de vida, de emprego, de turma, de equipe... Deu certo, fui convidada a assistir uma reunião de professores onde se atribuíam aulas a eventuais contratados. Troquei minha carteira assinada por um ano de trabalho sem garantia de nada. São coisas possíveis pra gente que não tem gente, kkk é, pra gente que não tem família, filho, doença, dívida... é pra gente que tá com uma mão na frente e a outra atrás. Enfim, dei um tiro no escuro e acertei no alvo, acertei na mosca... em cheio! Deu super certo!!! Me descobri sendo professora, enfrentando o outro lado da sala de aula, me senti desafiada e é assim a cada dia, todo dia...

Mas os desafios não param por aí, depois de alguns anos de contrato, eis que a vida muda outra vez... Mãinha ficou muito, muito doente mesmo e eu tive que me afastar do trabalho para cuidar dela... quando ela teve alta eu recebi a noticia que estava desempregada. Fiquei 6 meses nessa condição. Não foi nada fácil, depois que vc se acostuma a ter seu dinheirinho no final do mês deixar de tê-lo é bem ruim!

Mas enfim, fui chamada num concurso que eu havia prestado e nem me lembrava mais. Chegou em tão boa hora, voltei a lecionar, na escola que eu já havia atuado... tudo maravilha!

No ultimo ano do período probatório, a coordenadora da escola envia uma carta ao secretário de educação, fazendo um mal relato das minhas ações como profissional, ela fez tudo isso sem que eu nem imaginasse! Quando a carta chegou nas mãos de alguns supervisores, eles estranharam, visto que o que estava escrito na carta não condizia com a minha postura e resolveram me chamar para me deixar a par da situação e mais me orientaram a buscar os meus direitos de defesa... Perdi meu chão, com tamanha crocodilagem! Mas borá lá... sai em busca de uma amiga advogada que me deu maiores orientações e mais, ligou para advogados especialistas nestas causas que me ajudaram sem cobrar nada, pois viram a tamanha pilantragem que estava acontecendo.

Mas a vida, ahhh a vida é uma caixinha de surpresa e esse mundo é pequeno do tamanho de um ovo, e o mundo gira e gira e esse mundo dá voltas e a gente nem imagina as voltas que essa vida dá...

Preparei toda a minha defesa, encaminhei ao setor jurídico da prefeitura e aguardei meu julgamento

Dia e hora marcada, lá estava eu diante um tribunal com a mais certa e absoluta certeza de que eu não era o réu dessa história toda

E não era mesmo. Logo de cara me deparei com o Secretário da Educação, que na minha meninice foi meu diretor. Ele lembrou-se de mim por nome e a medida que se relatava coisas ruins e degradantes sobre minha postura profissional, ele também se sentia indignado e dizia não condizer tudo aquilo q se lia com a aluna que eu fui no tempo do ginásio. Além do mais, todo ano foram realizadas avaliações onde tirei notas máximas, atribuídas pela mesma coordenadora que agora se desdizia...

Sentença concluída, causa ganha, efetivação consumada, professora renovada e a Julia que eu sou muito mais doutorada no quesito viver

Quem vê em mim uma menina mimada, uma mulher fragilizada... Se engana! Se esquece, que já fui a bailarina do meu próprio balet.

Sendo assim, a dica de hoje é:
-Certifique-se de quem vc é?
-Onde vc está? e
- Aonde deseja chegar?!!!!

Julia Campanucci 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Momento Conflitante

Dentre as muitas cenas bacanas, engraçadas e tocantes do filme Enrolados, sem dúvida a que eu mais gostei foi ver o conflito da Rapunzel ao se ver livre da torre onde esteve presa durante tantos anos ...

Quem de nós nunca viveu isso, uma vez na vida que seja?




Quem nunca voltou pra casa, entrou no quarto, fechou a porta e ainda recostada levou as mãos a cabeça e se perguntou: o que é que eu fui fazer? Eu não acredito no que eu fiz! Eu não a.cre.di.to no que eu fiz!!!!

Sei lá, só sei que me lembrei das tantas vezes que isso aconteceu comigo

Mas sabe, viver é isso... A gente precisa ousar de vez em quando, arriscar uma aventura, dizer sim, dizer não, teimar ... E tenha certeza, um dia todos nós sairemos da torre, teremos que tomar nossas próprias decisões e arcar com nossos medos, conflitos, curiosidades ... Viver é um risco e só vive bem quem está disposto a arriscar-se
´
É um risco decepcionar e ser decepcionado

Arrisca perder a amizade quem namora um amigo.
E que risco é, apaixonar-se pelo amigo, chefe, ancião, professor, patrão!

Mas basta pensar que para tudo há 50% chances
- de dar tudo certo
- de dar tudo errado

E ainda que de tudo errado, é opção pessoal renovar as chances fazendo um pedido de desculpa que poderá: 
- ser aceito
- ou recusado

Para pouca coisa na vida não se tem solução e já faz um tempo que decidir por mim soluçar menos e arriscar mais, até porque eu tenho um sonho... um sonho sim!

Julia Campanucci


Enrolados - Um Sonho eu Tenho